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1º de Maio em SP: protestos e união histórica entre centrais

População ocupou a praça da República para prestigiar o dia de luta dos trabalhadores e pedir a liberdade de Lula


1º de Maio em SP: protestos e união histórica entre centrais

Pela primeira vez, o evento foi organizado coletivamente pelas principais centrais sindicais do país / Dino Santos/ CUT-SP

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Por Julianna Granjeia
Para o Brasil de Fato 

O ato do 1º de Maio promovido por centrais sindicais na praça da República, em São Paulo, foi marcado por protestos contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e críticas à reforma trabalhista aprovada em 2017. Pela primeira vez, o evento foi organizado coletivamente pelos principais sindicatos do país: CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Intersindical, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores).

Com as principais lideranças do PT no ato de Curitiba, coube aos deputados da bancada de São Paulo marcarem presença no ato político em nome do partido. Entre os presentes Luiz Marinho, presidente do PT do Estado, o vereador Eduardo Suplicy, os deputados José Américo Dias, Paulo Teixeira e Vicente Cândido. Manuela D'Ávila, candidata à Presidência pelo PC do B, passou rapidamente pelo evento no início da tarde antes de ir para Curitiba.

Em todas as regiões do Brasil, foram realizados atos unificados das centrais sindicais. Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, entre outras cidades, protestaram contra a reforma trabalhista do governo golpista do Michel Temer e pela liberdade do ex-presidente Lula. Atos pró-Lula aconteceram também na Argentina, Chile, Venezuela, El Salvador e Colômbia.

Em São Paulo, políticos e sindicalistas, além da população com cartazes e camisetas, se manifestaram contra a prisão  de Lula. "O presidente Lula continua muito indignado, mas continua sereno. Ele tem consciência de seu papel e transmite para nós todos os dias que a gente mantenha a esperança. Esse primeiro de maio é o dia pra gente alimentar nossas energias e continuar lutando pela certeza da vitória. Quero lembrar que os direitos políticos do presidente Lula não foram cassados. Nós temos que continuar nos mobilizando para pressionar para que o Supremo assuma sua responsabilidade nesse momento porque o Lula representa a esperança", afirmou Marinho, que é candidato ao governo de São Paulo pelo PT. 

Para o deputado estadual José Américo, secretário de Comunicação do PT, a união das centrais pela liberdade de Lula é histórica.

"Pela primeira vez, as centrais se juntaram para fazer um ato em cima de uma bandeira política, que é a libertação do presidente Lula, que está sequestrado em Curitiba, pela Justiça partidária, sectária e criptofascista do Moro e do (Deltan) Dallagnol que querem tirar o ex-presidente do processo eleitoral", disse o parlamentar.

O presidente da CUT de São Paulo, Douglas Izzo, também falou da importância da união das centrais.

"É um ato histórico. As sete centrais reunidas em defesa dos direitos e da liberdade do Lula, um preso político condenado sem provas. Lula foi o melhor presidente para os trabalhadores. É um ato de resistência, e defesa dos direitos da democracia, do direito de Lula ser candidato e contra a reforma trabalhista", afirmou Izzo.

No palco, além dos discursos políticos, apresentações de artistas como Chico César, a banda Liniker e os Caramelows, a rapper Preta Rara e sambista Leci Brandão.

Durante o show, Chico César prestou solidariedade às vítimas do incêndio que atingiu um prédio ocupado no Largo da Paissandu na madrugada desta terça-feira. "Há um abandono muito grande da população de rua. É triste quando se tem mais casa sem gente do que gente sem casa. É necessário justiça social. É quando o governador culpa a própria população, ele deve esperar uma resposta. É a resposta seria a ocupação do palácio do governo", disse o cantor durante o show na República.

Edição: Juca Guimarães (BDF)

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