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A política de gás no Brasil: trajetória recente e desafios atuais

Coletivo de economistas do Instituto Lula lança oitavo texto da série "O Brasil de Amanhã"


A política de gás no Brasil: trajetória recente e desafios atuais

Por conta do desenvolvimento dos campos do pré-sal, o Brasil deve se tornar, em médio prazo, um produtor fundamental de gás natural no continente. Os economistas Rodrigo Leão e William Nozaki analisam os desafios e oportunidades neste setor energético no oitavo texto da série "O Brasil de Amanhã", do Instituto Lula.

O gás natural emite menos poluentes que outros combustíveis fósseis e é considerado uma "ponte" para a transição energética para modelos mais limpos. Entretanto, sua participação na matriz energética brasileira responde ainda por pouco mais de 10% da oferta primária de energiaenquanto a média mundial é de cerca de 25%.

O potencial de expansão desse mercado é enorme. O gás natural canalizado está em apenas 470 das 5570 cidades do país e atende 3 milhões de residências num total de 68 milhões de domicílios brasileiros.

Além disso, a existência prévia de uma infraestrutura consolidada tanto em termos logísticos de escoamento e distribuição do gás é um dos fatores que faz com que ele assuma uma posição cada vez mais importante na matriz energética global.

Num cenário em que há dúvidas sobre a capacidade de a Bolívia atender aos mercados regionais em médio prazo, é ainda maior a importância adquirida pelo gás nos campos do pré-sal brasileiro.

No entanto, a reversão do plano estratégico da Petrobras e as novas políticas setoriais modificaram a trajetória do mercado de gás natural no Brasil. Como resultado da política de desinvestimentos do último triênio, a capacidade de processamento de gás natural, que cresceu fortemente até 2011, estacionou na faixa dos 95.000 MMc/dia.

Além disso se as vendas planejadas pela Petrobras forem efetivadas, o Estado pode perder o controle de mais de 74% de todo o complexo de gasodutos de transporte do país.

Leão e Nozaki discutem o novo panorama, em que o Estado planejador tem perdido espaço para a concepção do Estado como ente meramente regulador.

Leia o texto completo no Brasil de Amanhã .


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