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Prêmio: Brasil é referência mundial em combate à degradação do solo

Premiação internacional coloca o Brasil entre os países que possui as melhores políticas do mundo para combater a desertificação


Prêmio: Brasil é referência mundial em combate à degradação do solo

Cisterna de Maria Raimunda da Silva Santos, na Comunidade Saco do Correio, em Serrinha/BA. Foto: Ubirajara Machado/MDS.

O Programa Cisterna e o Programa Nacional de Apoio à Colheita de Água de Chuva e Outras Tecnologias Sociais para o Acesso à Água são indicados ao Prêmio de Política para o Futuro de 2017. Iniciativa do governo Lula, que foi ampliada e acelerada no Plano Brasil sem Miséria, durante o governo de Dilma Rousseff, o plano para o semiárido deu destaque ao Brasil como um dos países que possui as melhores políticas públicas do mundo para combater a degradação do solo.

Na última sexta-feira (20), o World Future Council, em parceria com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), divulgou a lista de indicados do Prêmio de Política para o Futuro de 2017. Além do Brasil, países como Austrália, China, região de Tigray da Etiópia, Jordânia e Níger foram selecionados por implementarem políticas importantes no combate à desertificação.

Para Tereza Campello, ex-ministra do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a indicação do Programa de Cisternas vai jogar luz a uma ação genuína que nunca foi valorizada pela imprensa brasileira. "É um reconhecimento internacional a um programa espetacular que quebrou a lógica secular de que, na seca, resta ao sertanejo virar retirante. Na pior seca da história dos últimos 100 anos, não vimos êxodo nem saques", diz Tereza.

Cisternas
A concentração de riquezas, indústrias e investimentos no Sudeste provocou, durante décadas, uma migração interna que esvaziou terras no Nordeste e superpovoou as periferias no eixo Rio-São Paulo. Por conta das políticas de crescimento dos governos Lula e Dilma, hoje nem mesmo com a seca os nordestinos precisam tentar uma vida melhor longe de casa.

A instalação de 1,2 milhão de cisternas para consumo humano, pelos governos de Lula e Dilma Rousseff, garantiu água durante a maior seca das últimas décadas no Nordeste. Esta é uma das principais conquistas sociais que ajudaram a melhorar a vida de 4,5 milhões de nordestinos e faz parte de um conjunto de políticas públicas dos últimos 13 anos que permitiram a permanência dos sertanejos no Semiárido.

Criadas a partir do saber popular do sertanejo, as cisternas contaram com a tecnologia social da Articulação do Semiárido (ASA) e foram transformadas em política pública pelos governos de Lula e Dilma. "O princípio de armazenar a água da chuva e guardá-la para o período de estiagem fortalece a ideia de convivência com o semiárido, acabando com ações pontuais e emergenciais que usavam o conceito de 'combater' a seca para perpetuar a fome e a miséria e a dependência política dos mais pobres", afirma.

A ex-ministra comenta ainda que as cisternas de placa merecem estar entre as melhores políticas do mundo, pois "usam mão de obra e materiais locais, dinamizam o território, não poluem e são uma solução barata, simples e sustentável", conta Tereza.

Premiação
Os vencedores do Prêmio de Política para o Futuro de 2017 serão anunciados no dia 22 de agosto. A cerimônia de premiação será realizada durante a 13ª Sessão da Conferência das Partes da UNCCD em Ordos, na China, prevista para o mês de setembro. O Prêmio de Políticas para o Futuro é o único com foco nas políticas mais efetivas que mudam vidas em todo o planeta. O objetivo do prêmio é aumentar a conscientização global para leis e políticas exemplares.

Para saber mais sobre as conquistas sociais que ajudaram a transformar o Nordeste, acesse o site do Brasil da Mudança

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