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Celso Marcondes comenta extinção da CGFome

Diretor do Instituto Lula para a Iniciativa África fala sobre o retrocesso do governo Temer em entrevista à TVT


Celso Marcondes comenta extinção da CGFome

Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula para a África

O Ministério das Relações Exteriores, liderado atualmente pelo ministro José Serra, já mostrou a que veio. Em menos de um mês de gestão, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), antes monitorada pelo ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), passou a ser da alçada do MRE. Em menos de um mês de gestão, a Coordenação-Geral de Cooperação Humanitária e Combate à Fome (CGFOME) foi extinta.  Uma agenda mais voltada para o comercio exterior ao invés de reforçar e desenvolver a solidariedade internacional, a cooperação técnica e humanitária: esta parece ser a nova cara do MRE.

A TVT entrevistou ontem o diretor Celso Marcondes para falar sobre a extinção da CGFome e seus desdobramentos para as relações exteriores brasileiras. 

Em 12 anos de atividade, o CGFome realizou 700 ações em mais de 90 países na América Latina, África, Ásia e Oriente Médio. No Haiti, coordenou o programa "Leite em Abundância", pelo qual produtores locais forneciam o alimento mais consumido pelas crianças haitianas.

Outra atividade em que o CGFome coordenou foi o PAA África, baseado no brasileiro "Programa Aquisição de Alimentos" e que está em funcionamento em Moçambique, Senegal, Maláui, Níger e Etiópia. Celso Marcondes explica: "O governo inventiva a produção de alimentos pelo pequeno agricultor, com financiamento, assistência técnica e depois, o próprio governo compra essa produção e distribui para a merenda das escolas da região, onde os filhos dos agricultures estudam".

Essas atividades são típicas da cooperação Sul-Sul, na qual a troca se dá em experiências e tecnologias sociais. Em contraste com a cooperação Norte-Sul, mais baseada no assistencialismo, em ações emergenciais e doações, a cooperação Sul-Sul cria independência local. Os produtores locais ganham autonomia e segurança para produzir a longo prazo.

Veja a matéria completa abaixo: 

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