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Começa o leilão de artes em prol da Democracia


Começa o leilão de artes em prol da Democracia

Começa nesta quinta-feira (11), o Leilão Artes Plásticas Pela Democracia em prol do Instituto Lula e da defesa do ex-presidente Lula Ação Pela Democrcia. Editores, artistas e intelectuais lançam o Movimento Ação pela Democracia. Primeira iniciativa do grupo, o Leilão Artes Plásticas pela Democracia, em benefício do Instituto Lula e da defesa do ex-presidente, se realiza em outubro. Doaram obras para o leilão cerca de 50 artistas, todos consagrados, inclusive internacionalmente.
Participam nomes como Iran do Espírito Santo, Sergio Romagnolo, Mauro Restiffe, Sergio Sister, Dudi Maia Rosa, Hildebrando Castro, Ana Prata, Gilda Vogt, Nuno Ramos e Geórgia Kyriakakis, entre outros.
Leia o texto dos artistas:

HÁ TEMPOS EM QUE É PRECISO DEFENDER O ÓBVIO.
O ESTADO DE DIREITO É ÓBVIO. MAS ESTÁ EM RISCO

Talvez você tenha vivido situações como a atual. Nos anos 1960/70, nós não tínhamos algo que parecia ser a mais lógica e a mais óbvia das certezas: a segurança de viver num país democrático.

Não havia eleições. Todos sabiam de algum conhecido, de algum amigo, de algum parente que fora detido, preso ou forçado a sair do país. Alguns foram mortos.

Foi um tempo de terror de Estado. Fomos impelidos a lutar por direitos básicos. O de falar, o de participar, o de se reunir, o de escrever, o de protestar e o de reclamar, enfim. Não havia permissão para fazermos o óbvio.

Pois o óbvio está em risco novamente. Não importa se você denomina a queda de Dilma Rousseff de golpe ou de impeachment. Ficou claro ali que a acusação não parava em pé, não havia indício, não havia prova, não havia nada.

O país piorou desde aquele fatídico abril de 2016. Você também não precisa gostar de Lula ou do PT para perceber isso. A recessão se aprofunda, o país regride e há muito mais gente sem emprego e dormindo nas ruas.

A prisão de Lula segue o mesmo caminho. Fizeram uma leitura tortuosa da Constituição, farejaram provas e só encontraram convicções. Os juízes, novos heróis da Pátria, espremem a letra da Lei para justificar essa brutalidade.

Chegaram a impedir um padre, um prêmio Nobel e uma ex-presidente de visitá-lo. O homem que está à frente em todas as sondagens de opinião, o único brasileiro de dimensão global, é um preso político colocado numa solitária.

Em 1964, uma situação que aparentava tocar apenas a alguns atingiu muita gente. E intelectuais, artistas e povo se uniram, foram às ruas. O mundo da cultura se levantou contra o arbítrio.

Vivemos um desses momentos e por isso fazemos esse chamado. É preciso de novo lutar pelo óbvio.

Como resistir? Há várias formas; uma delas participando do Leilão Artes Plásticas pela Democracia, cuja renda será destinada à sustentação da defesa do ex-presidente Lula e à manutenção de seu Instituto. Ambos estão em risco, sob um cerco “legal” que pretende inviabilizá-los. 

Faça parte da resistência. Doe uma obra, participe do leilão que entrará para a história por defender o Estado de direito em nosso país. Ou simplesmente o óbvio.

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