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Seca: Programa social brasileiro é modelo para continente


Seca: Programa social brasileiro é modelo para continente

Plantação irrigda na Bahia Foto: EBC

Representantes de El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua, países do chamado Corredor Seco, visitarão o Brasil nesta semana para conhecer as experiências bem-sucedidas do programa Água Para Todos, parte do Plano Brasil Sem Miséria do governo federal.

Criado em 2011, durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2011 – atual), o programa social brasileiro prevê a criação de cisternas para consumo e produção alimentar em regiões do semiárido brasileiro.

Devido aos resultados alcançados nos últimos anos, o programa brasileiro é considerado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) um exemplo para a região centro-americana afetada pela seca.

Para o organismo internacional, as ações desenvolvidas pelo Brasil para coleta, armazenamento, conservação e utilização da água da chuva para o consumo humano e atividades agropecuárias são uma iniciativa de baixo custo que podem ser replicadas em outros países para mitigar os efeitos das variações climáticas, ajudando também na segurança alimentar.

Visita a Petrolina
A visita técnica, que será realizada à cidade de Petrolina, em Pernambuco, entre os dias 25 e 29 de julho faz parte das atividades do projeto regional de apoio às estratégias de segurança alimentar e nutricional e de superação da pobreza na América Latina e no Caribe, do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO.

Os representantes centro-americanos responsáveis pela temática da água no meio rural receberão instruções sobre questões como qualidade da água na cisterna, captação da água da chuva, manejo de solos, irrigação de baixo custo, a água para consumo animal, entre outros.

A visita técnica ao Brasil é uma das atividades do projeto regional de apoio às estratégias nacionais e sub-regionais de segurança alimentar e nutricional (SAN) e de superação da pobreza na América Latina e no Caribe, do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, em uma ação conjunta com o Escritório Regional da FAO e o Escritório Sub-regional da FAO para América Latina e o Caribe e a Representação da FAO no Brasil.

Corredor Seco
O Corredor Seco, ainda que se manifeste como um fenômeno climático, é uma zona da região de floresta tropical seca da América Central. Estima-se que cerca de 10,5 milhões de pessoas vivam nos países afetados pela condição climática, a maioria em Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala.

Aproximadamente 60% das pessoas nessa região vivem em condições de pobreza. Além disso, mais de 2 milhões de famílias dependem da agricultura de subsistência e estão constantemente em risco de insegurança alimentar.

Os níveis de pobreza e desnutrição nessas localidades são altos e afetam principalmente as populações rurais e comunidades indígenas.

Os pequenos produtores de grãos básicos fazem parte da população vulnerável da região: 80% estão abaixo da linha da pobreza e 30% em situação de extrema pobreza. A maior parte deles depende, em diferentes níveis, de trabalho remunerado para se sustentar, o que tem gerado fortes processos migratórios em direção às grandes cidades.

Com informações da ONU Brasil 

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