Doe Agora!

Dirigentes dos Médicos sem Fronteiras visitam Instituto Lula e pedem apoio na luta contra o vírus Ebola


Dirigentes dos Médicos sem Fronteiras visitam Instituto Lula e pedem apoio na luta contra o vírus Ebola

Foto: Heinrich Aikawa/ Instituto Lula

No último dia 23 de setembro, representantes brasileiros da organização “Médicos Sem Fronteiras” (MSF) visitaram o Instituto Lula para expôr sua preocupação com o crescimento do atual surto de ebola na região oeste do continente africano. A diretora-executiva, Susana de Deus, e a Relações Institucionais, Renata Reis, foram recebidas pelo diretor do Instituto e coordenador-executivo da Iniciativa África, Celso Marcondes, e as integrantes de sua equipe, Helena Tavares e Iacy Correa.

Fundada em 1971, a MSF é uma das mais importantes organizações humanitária do mundo, com atuação independente e comprometida com a assistência médica e o atendimento a indivíduos vítimas de situações de crise e conflito. No Brasil, estabeleceu seu escritório em 2006, com o objetivo de recrutar profissionais, captar recursos financeiros e promover ações de comunicação. Antes, receptor das ações humanitárias da MSF, o país passou então ser visto como apoiador e contribuinte para ações em países mais pobres e necessitados.

Hoje, a organização vive um dos momentos mais críticos desde sua criação. As crises e os conflitos que se multiplicam em diversos países do mundo - como Síria, Sudão do Sul, Gaza, Iraque, República Centro-Africana e Afeganistão - ocupam grande parte da agenda de assistência humanitária da MSF. Porém, o surto do vírus Ebola, que aflige Libéria, Serra Leoa, Guiné, Senegal e Nigéria, acabou tomando a maior parte da atenção e dos recursos humanos e financeiros da organização.

No continente africano, a MSF está presente em 30 dos seus 55 países. Somente para responder a crise do Ebola nos cinco países afetados, a organização disponibilizou cerca de 2.400 profissionais de saúde e cinco centros de tratamento exclusivos com 500 leitos cada. Sete brasileiros integram a equipe na África.

Infelizmente, o esforço de organizações como a MSF, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da comunidade internacional ainda não são suficientes para barrar o avanço da doença. De acordo com o último levantamento da OMS, de final de setembro, o vírus do Ebola já infectou 6.574 pessoas e fez 3.091 vítimas fatais. Neste dia 30 de setembro, foi detectado o primeiro caso nos Estados Unidos.

  Para a diretora-geral da MSF no Brasil, a falta de uma infraestrutura adequada para o tratamento da doença em alguns dos países afetados, é um dos principais agentes para o agravamento do surto do vírus. Outro fator importante é a escassa resposta internacional no combate à doença e na disponibilização de recursos humanos, materiais e financeiros.  

O Brasil, na qualidade de sétima economia mundial e parceiro significativo da África, é um importante ator internacional, do qual se espera, segundo Susana, um forte posicionamento no combate ao surto de ebola. A equipe da MSF informou que está realizando diversas reuniões com representantes dos ministérios e outras instituições governamentais brasileiras, pedindo por uma atuação mais efetiva no apoio aos países afetados e na contenção do alastramento do vírus.

Ao destacar este esforço, os representantes do MSF conclamaram o Instituto Lula a ajudar nas iniciativas para que as autoridades brasileiras possam contribuir mais no combate à expansão do vírus no continente africano. 

RECOMENDADAS PARA VOCÊ