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Em BH, lançamento do Memorial da Democracia celebra lutas e conquistas do povo brasileiro

Evento mobilizou os mineiros, que lotaram o Palácio das Artes


Em BH, lançamento do Memorial da Democracia celebra lutas e conquistas do povo brasileiro

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Os mineiros lotaram o grande teatro do Palácio das Artes no Lançamento da 2ª fase do Memorial da Democracia na noite desta segunda-feira (10), em Belo Horizonte. Com a presença do ex-presidente Lula, o evento se transformou numa celebração às lutas do povo brasileiro por mais direitos e justiça social. "Democracia não é casa-grande para um lado e senzala para outro.  Democracia é direitos iguais para todos", defendeu Lula diante de um público animado, que exerceu plenamente o direito à liberdade de expressão.

O ex-presidente contou como surgiu a ideia do museu virtual. "Já que a gente não tinha um prédio, resolvemos fazer o #MemorialDaDemocracia na internet e contar a história desconhecida deste país", lembrou. Com a propriedade de quem saiu do chão da fábrica, liderou greves, fundou um partido de trabalhadores e conquistou a cadeira do Palácio do Planalto por meio de eleições livres, Lula ressaltou que é fundamental manter aceso o debate sobre o país que queremos. "Falar em democracia neste instante é muito importante e necessário. É quase como o ar que a gente respira. Quando a gente se cala, eles vão ganhando espaço".

Na avaliação do ex-presidente, no entanto, construir a democracia é uma tarefa que ainda está longe de ser atingida. "Eles deram um golpe. Nós, não. O que nós queremos é que o povo tenha o direito de ir às urnas. É importante ter claro que democracia exige compromisso e coragem. A única coisa que eles jamais poderão impedir é de o povo conhecer a história de transformação dos nossos mandatos".

História viva
A apresentação do museu multimídia ficou por conta do jornalista Franklin Martins, coordenador do Memorial. "O que criamos é um museu multimídia que vai até você, pelo seu smartphone, computador, tablet. Não são apenas fatos políticos e de movimentos sociais, o que já é muita coisa. Mas tem também muita informação cultural, mostrando como a literatura, o cinema e a música foram tecendo a nossa história", pontuou.

Na ocasião, Franklin deu um passeio pelo museu virtual, clicando nos novos conteúdos e mostrando ao público as linhas históricas, vídeos, panfletos, fotos, cartazes de época e documentos. "Temos eixos temáticos que facilitam a navegação e conteúdos extras, que aprofundam. Todo estes materiais nos deixam claro que a democracia no Brasil não caiu do céu. O povo sempre teve que lutar e abrir espaço aqui na terra", salientou.

Metalinguagem
Longe de Belo Horizonte, a historiadora Heloisa Starling, participou do evento por meio de um vídeo, projetado no telão. Heloísa é coordenadora do Projeto República, núcleo de pesquisa e documentação e memória da UFMG, parceiro de primeira hora na criação do Memorial. "Os conteúdos que estão sendo lançados hoje aqui mostram um período importante, com grande efervescência cultural e política no nosso país. É o momento da democracia das massas. Nós queremos que todos conheçam esta história e estamos abertos a receber sugestões e críticas".

A capacidade de receber críticas também foi destacada pelo ex-presidente Lula. "Parece fácil, mas nem todo mundo consegue entender a importância da democracia. E democracia pressupõe capacidade de diálogo, de ouvir e de receber críticas", disse, acrescentando que hoje, oito anos após ter terminado o seu mandato como presidente, ele avalia que poderia ter feito mais. "Vejo que poderia ter feito mais principalmente na área da comunicação".

Público Especial
Lula disse ainda que, embora o Memorial seja destinada a todos, o Instituto Lula tem interesse especial no público formado por estudantes e educadores. "Nós queremos que este material chegue nos professores, que vão formar os futuros democratas deste país. Queremos que os estudantes, conheçam, visitem, se questionem".

Representando o Instituto, quem falou foi o próprio presidente da entidade, Paulo Okamoto. "Para nós é um orgulho lançar o memorial da Democracia. Nós temos 300 anos de luta e quanto mais conhecermos a história, mais vamos perceber o quanto é necessário lutar", afirmou.

O evento também contou com falas do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, a secretária de Educação do Estado, Macaé Maria Evaristo dos Santos, a presidenta da União Nacional Dos Estudantes (UNE), Marianna Dias e o militante do Movimento nacional dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) Cristiano Meireles.

O museu
Concebido por uma equipe de jornalistas, historiadores, educadores, artistas e pesquisadores, o Memorial é um espaço dedicado às lutas na construção de um país mais justo, livre e soberano. Seu objetivo é colocar à disposição de todos os brasileiros conteúdos dinâmicos sobre a longa caminhada desde a Colônia até o século 21 em busca de democracia com justiça social.

Lançado no final de 2015, o museu já contava com dois períodos recentes de nossa história. Os novos conteúdos lançados hoje correspondem ao módulo 1930-1945, que retrata um momento em que o Brasil deixou de ser uma brincadeira das elites da República do Café-com-Leite, e aos anos de 1945-1964, com um Brasil que começou a construir uma democracia de massas e sonhou sair do subdesenvolvimento..

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