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Em seminário sobre o futuro do Brasil, Lula diz que país vive situação “anômala”


Em seminário sobre o futuro do Brasil, Lula diz que país vive situação “anômala”

Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

Na tarde desta sexta (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do seminário Nacional do Sistema Financeiro e Sociedade, promovido pela Contraf-CUT, em São Paulo.

O tema do evento era “O Brasil que Queremos”, mesmo nome do livro que foi lançado pela entidade, em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Na mesa de debates estavam presentes representantes de sindicatos, além do sociólogo Emir Sader, Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional e a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello.

Campello falou sobre a redução da fome e a pobreza no Brasil. Houve uma redução de 82% no índice de pessoas em situação de fome. A ex-ministra exibiu dados sobre a pobreza e a miséria que demonstram que houve uma estagnação desses índices durante o governo FHC. Na era Lula e Dilma, tanto o índice de miséria quanto o de pobreza caíram significativamente. Mesmo em meio à crise econômica de 2008/2009, a pobreza crônica caiu e passou de 8,2% (em 2003) a 1% (em 2015), segundo dados do Banco Mundial. “Temos que continuar sonhando, porque fizemos o que parecia impossível”, concluiu Tereza Campello.

Diante de um auditório com mais de mil pessoas, Lula começou seu discurso seguindo o tema do seminário: “Provamos que é possível construir o Brasil que queremos”.

“Mas”, continuou, “vivemos uma situação anômala no Brasil”, comentando o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que qualificou como uma “vingança política” de um grupo de parlamentares liderados por Eduardo Cunha. “Não há momento mais vergonhoso na história do país”, afirmou, relembrando a votação do impeachment na Câmara dos Deputados.

“Não há momento na história em que o salário mínimo teve tantos aumentos consecutivos, para chegar a 74% de aumento”, disse Lula. O ex-presidente enumerou as medidas tomadas durante seu governo para garantir crédito e bancarização da população mais pobre. “É muito fácil a gente construir um país melhor se a gente ouvir e conversar com os mais pobres”, disse.

“Querem resolver o problema da pobreza no mundo? Coloque sempre o pobre no orçamento. O pobre não tem sindicato, partido, não vai em passeata nem a Brasília. ”

“Faz seis anos que vivemos a maior seca da história do Nordeste e não tivemos uma morte. Nós fizemos políticas de convivência com a seca. ”

Ouça a fala de Lula no seminário:

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