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Lula retomou vigor da indústria naval brasileira

Com Lula, foram gerados 60 mil postos de emprego diretos em setores de alta tecnologia


Lula retomou vigor da indústria naval brasileira

Cerimônia de lançamento ao mar do navio Log-In Jatobá. Foto: Ricardo Stuckert

Com Lula, a indústria naval deu um salto de desenvolvimento e gerou 60 mil postos de emprego diretos em setores de alta tecnologia. O setor estava abandonado pelos governos federais há pelo menos 30 anos. Lula viu nesse investimento a possibilidade de tornar o Brasil soberano, reduzir custos e gerar postos de trabalho.

Em 2003, a indústria naval contava com apenas 2,5 mil vagas de emprego abertas, segundo dados da Petrobras. Dez anos depois, já eram 82 mil trabalhadores empregados no setor e milhares de postos de serviço indiretamente ligados a ele.

Logo no primeiro ano de seu mandato, Lula criou uma comissão dentro do Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante para que parte do frete das embarcações fosse voltado à construção de uma indústria naval brasileira forte. O BNDES, gestor do Fundo da Marinha Mercante, liberou R$ 15 bilhões para reformas e construção de estaleiros, que fabricavam navios de bandeiras brasileiras. Nesse processo, mais de 500 embarcações foram construídas dentro do país. Entre 2002 e 2014, o número de plataformas de petróleo em operação passou de 36 para 82. No mesmo período, a infraestrutura de gasodutos cresceu de 5.417 km de extensão para 9.489 km.

O Brasil se transformou numa das maiores indústrias navais do mundo graças aos investimentos dos governos Lula, incluindo a descoberta do pré-sal em 2006 pela Petrobras. O país poderia estar hoje exportando navios e plataformas, se não fosse o golpe sofrido por Dilma Rousseff em 2016. A política de desinvestimento promovida pelo governo Temer dispensou cerca de 300 mil trabalhadores, antes empregados pela indústria naval direta ou indiretamente. Das pessoas diretamente ligados ao setor, 60 mil foram demitidas, restando pouco mais de 20 mil.

Com a alteração na visão do governo federal a respeito dos investimentos públicos e da soberania nacional, o Brasil voltou a depender dos serviços de países como China, Coréia e Singapura, de onde hoje são importados os navios e as plataformas de petróleo.

Antes de Temer, 17 estaleiros trabalhavam direta ou indiretamente para a Petrobras. Desses, 12 pararam as atividades ou estão em recuperação judicial por falta de investimentos.  Além disso, a nova legislação em vigência diminuiu a porcentagem de conteúdo nacional obrigatório na indústria petrolífera, e promoveu uma mudança no regime de tributação, que baixou alíquotas de importação e facilitou que navios e plataformas sejam comprados no exterior.

“Deram o golpe na Dilma para deixar empresas estrangeiras explorarem nossa riqueza sem dar satisfação. Desmontaram um paraíso de empregos, oportunidades e educação”, afirmou Fernando Haddad durante visita ao estaleiro carioca Aliança em agosto deste ano. Ele ressaltou a importância do marco legal da Petrobras, que definiu uma porcentagem mínima de conteúdo nacional obrigatório na indústria petrolífera: “Com a Petrobras, você centraliza as encomendas e cria indústria”. “É toda uma estrutura de mercado que estamos perdendo. Não é só um estaleiro”, concluiu. 

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