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No Sul, Lula retoma tradição de caravanas

É vez do povo dos três estados do Sul se reencontrar com Lula, mostrar o que foi feito do legado do ex-presidente e o que ainda falta fazer


No Sul, Lula retoma tradição de caravanas

Lula na caravana de 1993 na cidade de Medina (MG): olho no olho dos brasileiros. Foto: Fundação Perseu Abramo

Da Agência PT de Notícias 

Lá se vão 25 anos desde a primeira vez que Lula saiu em caravana pelo Brasil. Foi em 1993 que, durante 20 dias, o ex-presidente percorreu sete estados para cumprir o objetivo de conhecer em primeira mão o Brasil real, aquele que não era mostrado nos jornais e na televisão, muito menos visitado pelos políticos da época.

Reconstruindo a viagem que fez aos 7 anos de idade, saindo de Garanhus com a mãe, dona Lindu, e seus sete irmãos rumo a São Paulo, terminou seu trajeto em Vicente de Carvalho, distrito pobre de Guarujá (SP), para onde sua família havia migrado em 1952.

Experiência praticamente inédita na tradição política brasileira, a Caravana representou uma forma inovadora de contribuir para a defesa dos direitos de cidadania de milhões de habitantes do Brasil profundo.

Os roteiros não incluíam cidades ricas ou a costa brasileira e privilegiavam os chamados grotões. Nos contatos com a população, Lula, em vez de discursar, entrevistava as pessoas, procurando ouvi-las e conhecer de perto seus problemas. A maior parte dos locais visitados não tinha peso eleitoral e jamais havia recebido a visita de um presidenciável. A presença de Lula reforçou nos moradores a autoestima e o sentimento de pertencimento ao país.

Ao longo do trajeto, aconteceram mais de cem encontros e atos públicos em 68 cidades. Outras seis caravanas seriam realizadas até 1994, alcançando um total de 359 cidades e percorrendo 80 mil quilômetros. Em 2001, partiriam três novas caravanas em visita a 47 cidades em sete Estados.

Em sua primeira viagem como Presidente da República, Lula fez questão de amcompanhado de 30 de seus 34 ministros, foi a Teresina, no Piauí, onde visitou a comunidade Irmã Dulce.

Passando de casa em casa, Lula apresentou a seus ministros de Estado a realidade de quem vivia abaixo da linha da miséria. Depois de Teresina, Lula seguiu para Brasília Teimosa, bairro pobre de Recife, onde constatou que as palafitas pelas quais passaria a comitiva não existiam mais.

As experiências e histórias vividas em tantas caravanas estão no DNA do legado dos governos Lula. Só alguém que se preocupa e faz questão de pisar o chão que o povo pisa, comer de sua comida, sentir na pele o sol e o vento que fustiga a pele do trabalhador é capaz de governar para todas e todos, tirando milhões da pobreza e, mais do que devolvendo dignidade, transformando em conquista possível e alcançável o que antes muita gente nem ousava sonhar.

Como disse o ex-presidente em 1994: “Querer governar o Brasil a partir do Palácio do Planalto é cometer o mesmo erro que a elite sempre cometeu. Eu acho que o presidente da República tem que ir a Brasília para cumprir as questões diplomáticas, resolver as formalidades, mas precisa é colocar o pé na estrada e andar esse país, conviver com esse povo. Afinal de contas, como é que você vai cuidar de problemas que você não viu, não conhece? É preciso olhar as pessoas nos olhos, para estabelecer compromisso moral, ético, compromisso de irmão para irmão.”

Agência Brasil

Lula e ministros visitam Brasília Teimosa, na periferia do Recife. Atrás do ex-presidente estão o prefeito de Recife, João Paulo e a ministra da Assistência Social, Benedita da Silva

É por isso que Lula está na estrada mais uma vez desde agosto de 2017, quando lançou Lula pelo Brasil e percorreu todos os estados do Nordeste, da Bahia ao Maranhão. Na sequência, rumou para o norte de Minas Gerais e, depois, para Espírito Santo e Rio de Janeiro.

É certo que desta vez está sendo diferente. Em muitos lugares por onde passa, Lula testemunha a revolução que seu legado trouxe à vida de centenas de brasileiras e brasileiros. Isso vale para filhos de empregadas domésticas ou pedreiros que hoje são mestres e doutores graças aos programas de acesso ao Ensino Superior e à criação de universidades e institutos federais. Vale também para asáreas atendidas por projetos de irrigação no semi-árido, nas cidades que se tornaram pólos de desenvolvimento graças a programas do governo Lula, entre tantos outros exemplos.

Nesta segunda-feira (19), Lula começa sua jornada pelos três estados do Sul do país. Vai passar por Santana do Livramento, onde construiu um campus binacional de ensino técnico e superior na fronteira com o Uruguai, junto com o governo do país vizinho. Vai olhar no olho dos cidadãos de Passo Fundo, entre eles os das mais de 3.000 famílias atendidas pelo programa Bolsa Família só naquele município.

Vai ver como está a Universidade Federal da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu, e como vão os mais de 12.000 universitários que vivem na cidade, em comparação aos 6.000 de antes de seus governos. Vai conhecer algumas das mais de 450 mil pessoas atendidas só em Curitiba pelos 421 estabelecimentos da rede Aqui tem Farmácia Popular, e saber o que ainda está faltando por lá, na Saúde, na Justiça, na Educação.

Se é verdade que é desse contato com o povo que surgiram as bases dos mais revolucionários programas desenvolvidos nos governos do PT, também é possível notar que

Lula pelo Brasil

A viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos estados do Sul do país, em março, é a quarta etapa de um projeto que deve alcançar todas as regiões do país nos meses seguintes. No segundo semestre de 2017, Lula percorreu todos os estados do nordeste, o norte de Minas Gerais, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro.

O projeto Lula Pelo Brasil é uma iniciativa do PT com o objetivo de perscrutar a realidade brasileira, no contexto das grandes transformações pelas quais o país passou nos governos do PT e o deliberado desmonte dos programas e políticas públicas de desenvolvimento e inclusão social, que vem sendo operado pelo governo golpista.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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