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“Tínhamos 54 milhões de pessoas que viviam abaixo da pobreza”, relembra Lula no Paraguai

O ex-presidente participou de seminário de comemoração dos 10 anos do Tekoporã, programa de inclusão social paraguaio


“Tínhamos 54 milhões de pessoas que viviam abaixo da pobreza”, relembra Lula no Paraguai

Horácio Cartes, presidente do Paraguai, segura o cartão do Bolsa Família e Lula mostra o do Tekoporã. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Nesta terça-feira (8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou em Assunção, capital do Paraguai, de um seminário sobre os 10 anos do programa de transferência de renda do país, o Tekoporã. Lula contou a experiência do Brasil na redução da pobreza, levando o país a sair do Mapa da Fome da ONU.

O presidente paraguaio Horácio Cartes apresentou Lula como “um amigo do Paraguai”, ressaltando que as políticas públicas de seu governo tiraram dezenas de milhões de brasileiros da pobreza e inspiraram as políticas sociais também em seu país, em busca de um desenvolvimento econômico inclusivo. O programa Tekoporã passou por três administrações no país ao longo de 10 anos e beneficia mais de 600 mil pessoas. O objetivo é o objetivo é eliminar a pobreza de uma geração para a outra. 

Lula lembrou que quando chegou ao governo o Brasil tinha 54 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. “Era naquele instante, que não tinha dinheiro, que nós tínhamos que dar o exemplo da inclusão dos mais pobres no orçamento da União.” E das várias viagens que tem feito pelo mundo após deixar o mandato, defendendo políticas públicas de inclusão social e transferência de renda. “Eu tenho viajado por vários países da África e da América Latina, e tenho tentado convencer os presidentes a colocar um dinheirinho para os pobres que não estão aqui, para tentar incluí-lo no orçamento da União com o mesmo carinho que eu incluo outros setores da sociedade”, lembrou Lula.

O ex-presidente defendeu o papel insubstituível do Estado nas políticas sociais, já que nenhuma empresa fará investimentos sem esperar retornos financeiros. “Só quem pode fazer o investimento que o único retorno é a saúde a escola de uma criança e não ter retorno financeiro, é o Estado. Só o Estado pode garantir que as pessoas tenham igualdade de oportunidades e condições.”

O papel central da mulher, da mãe de família, que recebem mais de 90% dos cartões do benefício, também foi lembrado. “A mulher tem mais compromisso com a família, com o bem-estar dos seus filhos.” 

Outras políticas sociais, que integradas ao Bolsa Família tiraram 36 milhões de pessoas da miséria, também foram lembradas, como os 50 milhões de hectares disponibilizados para a Reforma Agrária, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e o Luz Para Todos, que levou energia para cerca de 15 milhões de pessoas.  

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