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Emprego: Desalento e subutilização atingem 26,4 milhões de brasileiros


Emprego: Desalento e subutilização atingem 26,4 milhões de brasileiros

Foto: FPA/Reprodução

Por Ana Luiza Matos de Oliveira 
Para a Fundação Perseu Abramo 

Segundo dados da PNAD Contínua trimestral o país tem hoje 26,4 milhões de brasileiros que estão desocupados, trabalham menos horas do que gostariam ou desistiram de procurar emprego.

Tais dados são computados pelo IBGE com a taxa de subutilização da força de trabalho no Brasil, que foi de 23,6% no quarto trimestre de 2017 e fechou o ano com a média de 23,8%. A taxa de subutilização agrega aqueles que estão desocupados, trabalham menos horas do que gostariam e aqueles que desistiram de procurar emprego, fornecendo um quadro mais completo sobre o mercado de trabalho.

No terceiro trimestre de 2017, essa taxa tinha sido de 23,9% e no quarto trimestre de 2016 tinha sido de 22,2%, ou seja, com queda em relação ao trimestre anterior mas crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Entre as unidades da Federação, as maiores taxas foram encontradas no quarto trimestre de 2017 no Piauí (40,7%), Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%). Por outro lado, as mais baixas segundo os cálculos do IBGE foram encontradas em Santa Catarina (14,3%), Mato Grosso (10,7%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%).

Outro dado interessante da pesquisa é sobre desalento: no quarto trimestre de 2017, 4,3 milhões de brasileiros compunham o contingente de desalentados (aqueles que estão fora do mercado por não conseguir trabalho, não ter experiência, ser muito jovem ou idoso ou não ter trabalho na sua localidade e que estaria disponível para assumir uma vaga), o maior valor absoluto da série histórica. Os maiores contingentes de desalentados estavam na Bahia (663 mil) e no Maranhão (410 mil). O Nordeste como um todo concentrou 59,7% do total de desalentados, sendo a maior taxa de a de Alagoas (15,4% versus 3,9% na média para o país).

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