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ONU compartilha ações brasileiras contra a fome em fórum para cooperação sul-sul

O Centro de Excelência apresentou estudos de caso sobre a Estratégia Fome Zero do Brasil e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, além de ter discutido os benefícios da descentralização na gestão de programas de proteção social.


O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos apoiou a participação de cinco países africanos no Fórum Global sobre Programas de proteção Social relacionados à Nutrição: Rumo a Parcerias para o Desenvolvimento. O evento aconteceu em Moscou, Rússia, nos dias 10 e 11 de setembro. As delegações de governos da Gâmbia, Zâmbia, Etiópia, Quênia e Moçambique, compostas por oficiais e técnicos, tiveram a chance de compartilhar estudos de caso para contribuir com as discussões do Fórum e puderam trabalhar com o Centro no planejamento de atividades de cooperação.

O governo da Etiópia apresentou o projeto de redes de proteção produtivas do país. O Centro de Excelência apresentou estudos de caso sobre a Estratégia Fome Zero do Brasil e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, além de ter discutido os benefícios da descentralização na gestão de programas de proteção social.

A participação dos cinco países no Fórum é parte da Parceria por Iniciativas Nacionais de Desenvolvimento Social (PNSDI), uma parceria entre o Centro, o Departamento para Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O objetivo é prover apoio técnico e facilitar a cooperação sul-sul em programas de proteção social relacionados à segurança alimentar para países africanos. A iniciativa apoiou a participação dos países envolvidos como forma de reforçar a importância do diálogo sul-sul e de incluir suas experiências nos debates globais.

Uma reunião paralela com os países do PNSDI aconteceu durante o Fórum Global. Brasil, Etiópia, Gâmbia, Quênia, Moçambique e Zâmbia se encontraram para compartilhar atividades em andamento e os próximos passos. O contexto do Fórum Global propiciou aos países identificar áreas de cooperação e entender os objetivos do PNSDI de facilitar esse tipo de intercâmbio entre países. Graciano Langa, vice-diretor de Cooperação internacional do Ministério de Gênero, infância e Ação Social de Moçambique, afirmou que este é um bom momento para cooperar, já que o país está iniciando a implementação da segunda estratégia de ação social e avaliando os resultados já obtidos.

Quênia e Gâmbia estão trabalhando em sistemas de informação unificados, similares ao Cadastro Único do Brasil. A Etiópia está usando sua experiência em redes de proteção social em áreas rurais para atacar a pobreza e a fome em áreas urbanas. O secretário de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, destacou que é prioritário para o Brasil cooperar e apoiar outros países que enfrentam desafios no combate à fome e à pobreza. A experiência brasileira de superação desses problemas, assim como a capacidade do Centro de Excelência de facilitar o diálogo e prover assistência técnica foram reconhecidos como ferramentas importantes pelos governos.

A próxima atividade do PNSDI é a visita do governo do Quênia ao Brasil para aprender sobre o Cadastro Único, o Programa de Cisternas, alimentação escolar e governança de programas sociais.

Brasil

O Centro de Excelência também contribuiu para os debates do Fórum Global. O diretor do Centro, Daniel Balaban, participou em um painel para discutir o que tem sido feito pela comunidade global nos setores de nutrição e proteção social para combater a má nutrição. Em outro grupo de trabalho, apresentou a estratégia de alimentação escolar vinculada à compra local de alimentos como parte do debate sobre formas de fortalecer programas de proteção social e de desenvolver capacidades para o desenho de programas relacionados à nutrição.

Arnoldo de Campos, do MDS, apresentou experiências brasileiras com fome zero em um painel que pretendeu promover o entendimento sobre as políticas e programas nacionais dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – na área de proteção social e nutrição, além de promover uma abordagem comum e a cooperação sul-sul na área de proteção social e nutrição.

Instituto Lula

Marcia Lopes, na ocasião, representou o Instituto Lula nas reuniões e encontros durante o evento, reiterando a posição do Instituto quanto à importância de se investir em políticas de proteção social, investimento este essencial ao desenvolvimento pleno de um país. A experiência brasileira na área foi apresentada como exemplo de política pública eficiente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi repetidamente citado como inspiração pelos governantes.

Marcos Lopes, Assessor de Programas de Cooperação Humanitária da FAO junto à CGFome, também participou ao evento. Marcos igualmente integra o Conselho África do Instituto Lula.

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