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"Quem apostar no fracasso deste país vai quebrar a cara", diz Lula em posse dos Bancários

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta sexta-feira (24) da posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC


"Quem apostar no fracasso deste país vai quebrar a cara", diz Lula em posse dos Bancários

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta sexta-feira (24) da posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC. Num discurso para sindicalistas, Lula disse que não tem nenhum receio de ser otimista em relação ao Brasil e que "aquele que apostar no fracasso deste país vai quebrar a cara".

Lula falou depois de Belmiro Moreira, que acabava de assumir a presidência do Sindicato dos Bancários do ABC. Emocionado, Belmiro lembrou a história de lutas da categoria e da região. Aos 14 anos, enquanto trabalhava como patrulheiro-mirim em uma indústria metalúrgica, acompanhou de perto as conquistas sindicais que mudaram o país. "É uma responsabilidade ter hoje aqui presente o presidente que mais mudou este país. Lula criou o Partido dos Trabalhadores e ajudou a fundar a CUT para que a gente tivesse mais representação nas esferas do poder." 

Em sua fala, o ex-presidente Lula disse estar cansado do "tipo de perseguição e criminalização que fazem às esquerdas desse país". "Eu nunca tinha visto pessoas que se dizem democráticas terem tanta dificuldade em aceitar uma derrota em eleição." Lula lembrou das mudanças pelas quais o Brasil passou nos últimos 12 anos. "Eles não conseguem suportar o fato de que, em 12 anos, um presidente que tem apenas o diploma primário colocou mais estudantes na universidades do que eles colocaram em um século. Que esse presidente colocou três vezes e meia mais estudantes em escolas técnicas do que eles em 100 anos. Que levou energia elétrica de graça para 15 milhões de pessoas. Que não deixou eles privatizarem o Banco do Brasil, a Caixa e os bancos do Espírito Santo, de Santa Catarina e do Piauí. Que nos últimos 12 anos nós bancarizamos 70 milhões de pessoas, gente que entrou numa agência bancária pela primeira vez sem ser para pagar uma conta. Acho que isso explica o ódio e a mentira dessas pessoas."

"O cenário hoje não é o ideal e nós sabemos. Eu me preocupo com a inflação, com o desemprego. Mas é importante lembrar que a crise que afeta o Brasil hoje é a mesma que afeta chineses e americanos. Nossa inflação hoje é de 9%, com perspectiva de queda. É importante lembrar que, quando assumimos o governo, ela já estava a 12%, que o desemprego era de 12,5%." O ex-presidente fez questão de deixar claro seu otimismo. "Não tenho medo de ser otimista. Somos um país grande, com uma enorme capacidade de recuperação e um mercado interno de 204 milhões de consumidores. Quem apostar no fracasso deste país vai quebrar a cara".

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