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Relembre a criação e a proposta da Unilab

Na criação da universidade, Lula a considerou "uma maneira de o Brasil, aos poucos pagar a dívida com os países africanos"


Relembre a criação e a proposta da Unilab

Em 2010, o então presidente Lula sanciona a lei que cria a Unilab. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em 20 de julho de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que criava a 14ª universidade de seu governo: a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.  A instituição primeiro foi instalada no município de Redenção (CE), e depois em São Francisco do Conde, na Bahia, e atua em cooperação com os países de língua portuguesa da África. 

O então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ser uma alegria o Congresso Nacional ter aprovado a criação da Unilab. “É uma forma de o Brasil, aos poucos, pagar a dívida com os povos africanos, que não pode ser mensurada em dinheiro, mas em parceria, em solidariedade.” Na ocasião, ele ainda lembrou que Redenção foi escolhida para abrigar a Unilab por ter sido a primeira cidade a abolir a escravidão, cinco anos antes da Lei Áurea.

Fernando Haddad, que ocupava o cargo de ministro da educação, explicou a ideia inicial do projeto:  “Durante a concepção do projeto pedagógico da Unilab – que agora é lei – houve a preocupação de que uma parte da formação do aluno seja feita na África, e continuamos trabalhando para que o diploma seja válido lá também, de forma que o estudante volte a seu país e possa contribuir para o desenvolvimento local”.

A presidenta Dilma deu continuidade à construção dos campus e à expansão do projeto da Unilab.

Inclusão– A lei que criou a Unilab foi sancionada no mesmo evento da sanção do Estatuto da Igualdade Racial. O ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Eloi Ferreira, falou sobre a importância das ações afirmativas e do Programa Universidade para Todos (ProUni) para a inclusão da comunidade afrodescendente na universitária. “Ninguém quer cotas para sempre, mas elas são um tipo de ação afirmativa, e com elas podemos inovar na inclusão de negros e negras na universidade”, disse.

Ele lembrou também que mais de 300 mil beneficiados pelo ProUni na época eram negros ou pardos. De acordo com dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, 45% dos 704 mil beneficiados pelo ProUni desde o início do programa se autodeclararam afrodescendentes. O presidente Lula lembrou também o encontro, ocorrido há algumas semanas, com os futuros formandos de medicina do ProUni. “Quando pudemos imaginar que uma menina negra pobre da periferia chegaria numa faculdade de medicina? Eu e Haddad tiramos foto com cada um deles porque daqui a muitos anos teremos muito orgulho de ter participado disso.” Ele também afirmou que os bolsistas do ProUni estão entre os melhores universitários do século 21.


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