Foto: Acervo Foro de São Paulo
13/10/2018 17:10
Cada vez mais o debate político tem provado o quão importantes são museus e as aulas de história.
O candidato cuja campanha ficou famosa por conta das fake news na internet diz em seu programa eleitoral que o Foro de São Paulo é comunista. Insinua que seus participantes queriam implantar o comunismo na América Latina (lembram da URSAL?).
O Foro de São Paulo nasceu para se contrapor à onda neoliberal que esmagou os direitos dos trabalhadores nos anos 1990.
O Memorial da Democracia , museu virtual do Instituto Lula, explica:
Seminário internacional promovido pelo PT em São Paulo, em parceria com outras organizações e partidos de esquerda da América Latina, dá origem ao Foro de São Paulo. A organização é criada com o objetivo de buscar alternativas ao receituário neoliberal que começava a ser hegemônico no mundo.
Naquele ano fora lançado o Consenso de Washington, com receitas econômicas que, aplicadas por vários governos da região, tiveram resultados desastrosos. O fracasso posterior do neoliberalismo na América Latina contribuiria decisivamente para o surgimento na década seguinte de governos de esquerda e de centro-esquerda na maioria dos países.
Desde então, o Foro de São Paulo faz reuniões periódicas nos países que têm partidos ou organizações filiadas. São mais de cem, incluindo partidos com diferentes matizes de esquerda (esquerda, ultraesquerda, sociais-democratas e comunistas), organizações sindicais e sociais, grupos étnicos e movimentos da esquerda católica.
A 20ª e última reunião do Foro de São Paulo foi realizada em La Paz (Bolívia), em 28 de agosto de 2014. Seu tema central foi a mobilização pelas vitórias eleitorais de Dilma Rousseff (Brasil), Evo Morales (Bolívia) e Tabaré Vázquez (Uruguai). Todos foram eleitos.
Veja trecho da fala de Lula na abertura do seminário: