Ex-diretora e conselheira do Instituto Lula, Clara Ant foi convidada para encontro realizado pelo partido Morena, do México

O partido Morena, do México, realizou nesta quinta-feira (29) um ato em defesa da democracia no Brasil. O encontro contou com a participação da ex-diretora e conselheira do IL, Clara Ant,  que foi assessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por quatro décadas. Também do doutor em Direito e secretário-executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Abrão. O debate contou ainda com a atriz, comunicadora e ativista Dje Macédo e o diretor do Observatório Sul Global, Federico Montero.

Presidente do Instituto Nacional de Formação Política (INFP), do partido Morena, Rafael "Fisgón" Barajas lembrou que a América Latina vive um momento chave diante da eleição deste domingo (2). “Está se decidindo, entre outras coisas, o destino de todo um subcontinente. Toda América Latina está mirando as soluções progressistas que estão conquistando terreno em nosso continente. E as eleições no Brasil são históricas depois da campanha brutal contra o PT”, disse, comentando sua preocupação diante do avanço da ultradireita na Europa.

O presidente do Instituto Lula (IL), Marcio Pochmann, falou sobre a importância da oportunidade de tratar do tema da democracia no Brasil nesse momento decisivo. “A solidariedade do povo mexicano, do partido Morena, nos dá muita satisfação em saber que podemos ter nesse diálogo a reafirmação dos nossos compromissos de cooperação e defesa da democracia entre nossos povos.”

Coalisão contra o fascismo

Ex-assessora de Lula, Clara Ant lembrou a possibilidade de vitória do ex-presidente no primeiro turno. “Estamos vivendo no Brasil uma eleição de história”, disse ela. “Lula se propôs a liderar uma grande coalisão, muito forte, principal necessidade desse momento para derrotar o candidato que é tudo que o fascismo necessita para se impor no país. Bolsonaro vem atuando pela destruição dos direitos dos trabalhadores, das mulheres, dos jovens, das crianças.”

Clara destacou a atuação do atual presidente da República contra todas as conquistas desde a Constituinte de 1988 no Brasil. “Isso se rompeu com Bolsonaro e se viu pela primeira vez a facilitação da compra de armas para a sociedade, dificultando ao mesmo tempo a venda de livros. Necessitamos de um governo com menos armas e mais livros.”

Assim, explica ela, chegamos a uma encruzilhada: ou democracia ou barbárie. “Estamos realmente num momento de decisão. Queremos recomeçar o país, há muito trabalho e será um governo muito mais difícil, mas também muito mais importante para nossa história.”

Assista ao debate