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Baixe livros da pesquisa sobre representatividade digital

Instituto Lula e a Fundação Friedrich Ebert Brasil lançam dois livros e duas revistas com os resultados de mais uma etapa da pesquisa


Baixe livros da pesquisa sobre representatividade digital

Divulgação

O Instituto Lula e a Fundação Friedrich Ebert Brasil lançaram nesta sexta-feira (1º), dois livros e duas revistas com os resultados de mais uma etapa da pesquisa “Democracia e Representatividade - Novas Formas de Representação Diante da Transformação Digital”. 

Os dois livros, coordenados por Cosette Castro e Helio Antonio Junqueira respectivamente, contam com a participação de diferentes pesquisadores e mostram o resultado de debates online realizados entre participantes do estudo e convidados ao longo de três meses e meio, e também participantes da pesquisa. 

Nesse período, ocorreram seis debates online paralelamente à pesquisa de campo e à análise dos resultados.

O estudo, de caráter qualiquantitativo, utilizou dados quantitativos a partir do uso de fontes secundárias e questionários semiestruturados online, também conhecidos como survey estatísticos. Além disso, analisou dados qualitativos, com o uso de técnicas como os grupos focais online. Dado o nível de exclusão digital encontrado durante a realização do trabalho de campo, foram aplicados 10 questionários impressos para dar visibilidade à população em estado de vulnerabilidade.

Inicialmente a pesquisa seria dirigida apenas a lideranças de todo país, mas decidimos ampliar o escopo do trabalho para escutar militantes e ativistas. A inclusão de militantes e ativistas no estudo permitiu olhar os dois lados dos movimentos sociais nas questões relacionadas à representatividade e as transformações digitais.

A pesquisa incluiu lideranças (dirigentes) e liderados (militantes e ativistas) da cidade, do campo e das florestas com possibilidade de participação online das diferentes regiões brasileiras. Também permitiu observar a mobilização,  facilidades e desafios do mundo digital para militantes, ativistas e suas organizações.

Apesar do tempo exíguo da pesquisa, 219 participantes responderam aos questionários semiestruturados online 01 (militantes e ativistas) e 02 (lideranças). No questionário 01, relativo à percepção de militantes e ativistas, 76% dos participantes eram mulheres. No questionário 02, voltado para lideranças, 54% da participação foram de mulheres de diferentes regiões do país. Outras 10 pessoas com dificuldades de acesso à internet responderam ao questionário impresso, sendo seis delas mulheres, totalizando 229 participantes.

Foram realizados cinco grupos focais, que contaram com a participação de 30 militantes, ativistas e também lideranças. Das 21 lideranças convidadas para participar por duas horas em grupos focais online específicos, apenas 11 estiveram presentes nos dois grupos realizados. Com as chuvas consideráveis no Distrito Federal e em outros estados no final de 2021, lideranças indígenas foram as mais prejudicadas pela queda ou fragilidade no sinal da internet. Outros detalhamentos sobre a pesquisa estão disponíveis no Livreto 02.

A inclusão digital é aqui compreendida como espaço de conhecimento e aprendizagem sobre tecnologias digitais, produção de conteúdos, acesso gratuito à internet e acesso à tecnologias e aparelhos, sejam de recepção de sinal, como torres de celulares, sejam dos aparelhos em si, como computadores, smartphones e laptops No Brasil estamos muito longe desta realidade, pois a sociedade em rede (Castells, 2002), aliada ao capitalismo e a um governo conservador, tem se mostrado desigual, precarizada e excludente, como poderá ser observado no decorrer dos capítulos.

Isso ocorre em um momento em que a mobilidade no mundo presencial se tornou restrita por causa da pandemia por Covid-19 e obrigou as organizações sociais a se reinventarem para aprender a utilizar diariamente as ferramentas tecnológicas e buscar novas formas de comunicação no mundo digital. Mas também acontece em um contexto maior, quando o Brasil se tornou comprador de tecnologia, como é o caso do 5G, sem que os grupos sociais sequer discutissem essas mudanças. Esses fatos se dão em tempos onde deixamos de ser um país protagonista para nos tornarmos meros consumidores.

Um momento em que, apesar das profundas transformações que estamos passando, ainda nos encontramos no estágio da ponte (Castro, 2008), na passagem do mundo analógico para o digital. Estamos em fase de digitalização acelerada em decorrência das consequências da pandemia, mas ainda enfrentamos as brechas entre a inclusão digital, a inclusão precária e a exclusão.   

Para baixar os livros da pesquisa, preencha o formulário abaixo:


Assista a live de lançamento da pesquisa no vídeo abaixo


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