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“Falar de África é falar de nós”, diz diretora do IL

Celebrando o Dia da África, Tamires Sampaio participou de uma discussão sobre culturas luso-afro-brasileiras, organizada pelo Núcleo do PT Lisboa


“Falar de África é falar de nós”, diz diretora do IL

Por todo o mundo, em 25 de maio é celebrado o Dia da África. Em razão desta data, no domingo (24), o Núcleo do PT Lisboa organizou uma conversa para tratar das políticas e culturas luso-afro-brasileiras. Uma das convidadas, Tamires Sampaio participou da discussão representando o Instituto Lula

Abrindo sua participação, Tamires destacou a importância do Dia da África enquanto símbolo da resistência ao colonialismo e ao racismo. Ela lembrou que criminalização, exploração e extermínio de africanos está na origem de nossa sociedade, com reflexos que atravessam os séculos, permanecendo vivos ainda hoje. “Falar de África é falar de nós mesmos”, resumiu. 

Depois, Tamires citou avanços na relação Brasil-África alcançados a partir da eleição de Lula. A diretora do Instituto que leva o nome do ex-presidente lembrou que a partir de 2003 as relações Sul-Sul se estreitaram como nunca. Foram 33 viagens presidenciais ao continente, com a criação de 19 novas embaixadas. “Também foi o primeiro governo a pedir perdão aos africanos pela escravidão”, completou. 

Após dois mandatos, Lula deixou a Presidência e passou a atuar pelo Instituto Lula, mantendo sua agenda de viagens ao continente vizinho para palestras, debates e trocas. Compartilhar experiências bem sucedidas no Brasil com países africanos e ampliar o intercâmbio social, político e cultural entre os continentes são algumas das missões do Instituto Lula, destacou Tamires. “A Iniciativa África foi criada pensando no compartilhamento de políticas públicas e programas sociais de combate à fome e às desigualdades, de acesso à universidade”, exemplificou. 

Tamires ainda pontuou que, além do governo brasileiro e em harmonia com ele, organismos multilaterais como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) tiveram papel de destaque no enfrentamento à fome e à desnutrição no continente africano. Um de seus diretores mais bem sucedidos foi José Graziano, responsável pelo programa Fome Zero do governo Lula.

Por fim, a diretora do Instituto Lula lamentou que o fortalecimento dos laços entre os países tenha sido interrompido a partir do golpe de 2016, que tirou Dilma Rousseff da Presidência. “Poderíamos ter avançado muito mais. Hoje, as relações estão enfraquecidas. O governo atual só se interessa pelos Estados Unidos, numa relação de subordinação”. No sentido contrário, movimentos sociais e entidades como o Instituto Lula seguem no esforço de estreitar esses vínculos, ressaltou Tamires.

Também participaram do encontro o coordenador do SOS Racismo da ALESP, Claudinho; a secretária de Cultura do PT do Ceará e ex-aluna da Unilab, Erika Carvalho; a arte-educadora e candomblecista Elizabeth Firmino; e a arte-educadora e antropóloga Rita Cássia.

Assista:

Conheça a Iniciativa África.

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