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Fernández destaca “grandeza” de Lula e reafirma sua admiração


Fernández destaca “grandeza” de Lula e reafirma sua admiração

O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández / Foto: Reprodução/Twitter

Nesta quinta-feira (5), em um encontro de Alberto Fernández com parlamentares brasileiros e integrantes de seu governo, o presidente eleito da Argentina reafirmou sua admiração e carinho por Lula. 

“É claro o afeto, o respeito e o carinho que sinto pelo presidente Lula. E eu não vou deixar de dizer isso, o que sinto por ele. Eu fui chefe de gabinete da Presidência da Argentina quando ele foi presidente. E vi a grandeza de sua condição de dirigente. É uma admiração sincera. E honestamente acredito que ele não deveria ter passado o tempo de prisão que passou”, afirmou Fernández.

Depois, em um recado a Bolsonaro, o argentino reiterou que “quando falo destas coisas [...] é porque o que eu preservo é a democracia e o respeito ao Estado de Direito e às liberdades individuais”, destacando que defende uma postura de divergência respeitosa entre os governantes. 

Retaliação norte-americana

Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou o retorno da tarifa sobre o aço importado da Argentina e do Brasil. Trata-se de uma retaliação aos países pela desvalorização do peso argentino e do real frente ao dólar. “O Brasil e a Argentina têm promovido uma forte desvalorização de suas moedas, o que não é bom para nossos fazendeiros”, escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Sob governos ideologicamente alinhados com os Estados Unidos e defensores de uma política externa submissa e subalterna, países como o Brasil se encontram fragilizados nas relações com grandes potências mundiais. A União de Nações Sul-Americanas (Unasul), criada durante o governo Lula, tinha como uma de suas missões dar mais força à diplomacia sul-americana. Com a eleição de Bolsonaro, porém, o órgão foi abandonado.

Fora da Unasul, o Brasil passou a integrar o Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul), que não se propõe a interferir em casos como a tarifação do aço. “O que vemos hoje na relação entre o Brasil e os Estados Unidos são cenas de paternalismo e desprezo. Os Estados Unidos não respeitam um país que não se respeita”, resumiu Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores de Lula, em entrevista à EXAME.

Assista à declaração de Fernández:

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