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Há 59 anos, Golpe Militar dava início à ditadura

O período (1964 a 1985) foi caracterizado por censura, sequestros, torturas e execuções cometidas por agentes do estado brasileiro


Há 59 anos, Golpe Militar dava início à ditadura

Exército reprime manifestantes em Porto Alegre no dia do golpe militar. Crédito: Iconografia

Em 1964, o governo constitucional de João Goulart foi deposto por uma articulação política golpista realizada por militares e civis. 

Por que é tão importante lembrar? 

Durante 21 anos no Brasil, a tortura, a censura, a perseguição e o medo fizeram parte do dia-a-dia de milhares de brasileiros. A luta pela restauração da democracia foi árdua. Finalmente, em 1985, após 21 anos de uma cruel e sangrenta ditadura, o povo brasileiro conseguiu reconquistar seu direito ao voto e uma nova era democrática foi iniciada no país. 

O  movimento das Diretas Já!  marcou o início da derrubada da Ditadura Militar. Ignorado no início pela mídia, as Diretas Já! foi um movimento de massas sem precedentes, no qual milhões de pessoas foram às ruas pedir a volta das eleições diretas para presidente e o fim do regime militar. 

Para que nunca mais aconteça, é preciso lembrar de todas as atrocidades que foram cometidas durante esse período. Em diversas ocasiões, o governo anterior de Jair Bolsonaro tentou enganar a população com mentiras sobre o Golpe de 64. É preciso estar atento e conhecer a história do país para não se deixar enganar por falsas informações. 

Saiba mais através do Memorial da Democracia, o Museu Virtual do Instituto Lula 

GOLPE MILITAR DEPÕE GOVERNO CONSTITUCIONAL

1º de abril de 1964: o primeiro dia de uma ditadura militar que durou 21 anos

Na noite de 31 de março, o general Olímpio Mourão Filho, comandante da 4ª Divisão de Infantaria, sediada em Juiz de Fora (MG), manda sua tropa marchar em direção ao Rio, precipitando o golpe que vinha sendo articulado por generais, empresários e governadores de oposição ao governo Jango. No dia seguinte, as tropas que partiram do Rio para garantir a ordem confraternizaram-se com os rebeldes. O general golpista Arthur da Costa e Silva declarou-se titular do Ministério da Guerra (antigo nome do extinto Ministério do Exército), sem encontrar resistência por parte da oficialidade leal ao governo.

A sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde se tentava articular a resistência ao golpe, foi incendiada com a conivência da polícia do governador da Guanabara, Carlos Lacerda, da UDN. Tropas reprimiram  manifestações em defesa do governo no Rio, em Porto Alegre e em outras capitais.

No dia 2 de abril, sem apoio militar, Goulart saiu de Brasília e foi para o Rio Grande do Sul. A oposição consumou o golpe no Congresso, declarando vaga a Presidência da República, embora Goulart não tivesse renunciado ao cargo nem deixado o país. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu o lugar de Jango, subordinando-se a uma junta militar. A repressão foi generalizada e logo começaram as prisões em massa. Passados dois dias, Jango exilou-se no Uruguai.

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