Lula e os advogados Valeska Zanin e Cristiano Zanin / Foto: Ricardo Stuckert
20/12/2019 09:12
Entre fevereiro e março de 2016, 462 ligações telefônicas feitas ou recebidas pelo escritório dos advogados de Lula foram interceptadas, resultando em 14 horas de conversas grampeadas.
Mensagens de Telegram obtidas pelo The Intercept e publicadas pela Folha de S.Paulo em novembro sugerem que grampos que diziam respeito à defesa do ex-presidente foram enviados pela Polícia Federal aos procuradores da Lava Jato e ao então juiz Sergio Moro, sendo usados para que a força-tarefa se antecipasse às estratégias da defesa.
Na última quarta-feira (18), a defesa de Lula apresentou embargos ao Tribunal Regional Federal contra a condenação do ex-presidente no caso do sítio de Atibaia. No documento, os advogados alegam que o grampo ao escritório dos advogados não seguiu o rito da Resolução 59 do Conselho Nacional de Justiça, que regula a interceptação de comunicações por ordem judicial.
Sobre este tema, o jornalista Pedro Canário publicou um texto no portal Consultor Jurídico.
A interceptação do ramal central do escritório de Zanin e Valeska, portanto, foi bastante útil para os curitibanos. Conforme documentos apresentados pela defesa de Lula ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a PF fez diversos relatórios sobre as conversas relacionadas ao ex-presidente, avaliando se elas poderiam ser úteis ou não ao processo, escreve Canário.
Leia o texto completo neste link.