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Mulheres por democracia na história: A luta das sufragistas


Mulheres por democracia na história: A luta das sufragistas

Annie Kenney (1879 – 1953) foi uma sufragista inglesa integrante da Women's Social and Political Union (WSPU), organização feminista pelo direito ao voto feminino. Kenney foi uma das únicas mulheres da classe trabalhadora a ocupar posições de liderança no movimento, capitaneado por mulheres da alta sociedade e intelectuais.

No início do século 20, a introdução do trabalho feminino nas fábricas e as mudanças nas relações sociais despertaram em muitas o desejo de participar ativamente da vida política. Como eram impedidas, decidiram lutar.

Na Inglaterra, com o lema “deeds not words” (“ações e não palavras”), as suffragettes unidas no WSPU decidiram radicalizar nos métodos até então utilizados pelo movimento sufragista. Além de publicar jornais, organizar reuniões e liderar passeatas, elas confrontavam a polícia, interrompiam reuniões políticas, colocavam bombas em prédios abandonados e cabines telefônicas, quebravam vidraças de lojas, atacavam casas de políticos e chamavam a atenção se acorrentando em grades de prédios públicos.  

Annie Kenney e outras militantes foram presas sucessivas vezes. Na foto, tirada em 1905, Kenney é levada por policiais sob acusação de obstrução por provocar o político Edward Grey num comício do Partido Liberal em Manchester.

A luta pelo sufrágio feminino no Reino Unido alcançou sua primeira vitória em 1908, com o direito ao voto estendido para mulheres com mais de 30 anos de idade. O movimento das suffragettes foi parte importante de uma onda que se espalhou por todo o mundo ocidental naquele período. No Brasil, após décadas de mobilização, em 1932 as mulheres (não todas) conquistaram o direito de votar, por meio de um decreto assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Só em 1934 as restrições ao pleno exercício do voto feminino seriam eliminadas e em 1946,  a obrigatoriedade do voto seria estendida às mulheres.

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